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Ya!, já estou de volta! Se tivesse sido uma moambada, levaria mais tempo a degustar mas assim, como foram umas simples ervilhas com ovos: estou de volta!
Ora bem, o "nosso livro" começa com os agradecimentos do escritor aos de "sua casa":
"para a tia rosa, para o tio chico, para o avô aníbal. para a avó júlia. para os camaradas professores ángel e maría. para o avô mbinha. para a avó agnette.
para os da minha infância.
para a ray."
A primeira estória é o voo do Jika. Já a conhecia.
Talvez porque sou mulher...perdi-me logo na terceira "estória": Jerri Quan e os beijinhos na boca -- dedicada pelo autor ao Mateus, à Irene e ao Jackie Chan:
" O Mateus gostava de ir à nossa casa -- fim da tarde -- porque a Irene muitas vezes estava lá à espera dele. Ouvi muitas vezes outras pessoas dizerem que a minha mãe era boa pessoa e a Irene também dizia "a tua mãe é um amor", isso porque a minha mãe deixava a Irene ficar na sala do meio com as portas fechadas a dar beijinhos na boca do Mateus.
Eu não conseguia entender aquilo muito bem mas parece que o pai da Irene não gostava que ela desse beijinhos na boca do Mateus. Ouvi dizer que o pai dela não gostava de negros mas eu até via muitos negros lá na casa dele a beberem e comerem com ele e todos a rirem muitos. Não sei. Se calhar um rapaz negro a dar beijinhos na boca da Irene já era uma coisa diferente.
Quando o Mateus chegou eu já tinha vestido as bermudas azuis e uma camisa branca entalada. O cinto também. A minha mãe tinha me obrigado a tomar banho,cortar as unhas e esfregar bem os pés mas ela era muito simpática, não me obrigava a pentear o cabelo e tinha-se esquecido das orelhas. O Mateus entrou, mexeu-me no cabelo como eu não gostava que fizessem e depois cumprimentou o meu pai.
-- Queres ir ali pra sala do meio, Mateus? -- todo mundo riu, ele ficou bem atrapalhado. A Irene demorou a chegar mas depois apareceu. Ela estava bem bonita com um vestido branco daqueles que o vento gosta de levantar nos filmes."
--- Bem, se quiserem saber o resto da estória...hummm, acho que terão de comprar o livro!
Eu por mim: vou acabar de lê-lo!
Inté pessoal -- já tenho o dia feito -- vou continuarcom a leitura!
Bom fim-de-semana a todos!
Talvez porque sou mulher...perdi-me logo na terceira "estória": Jerri Quan e os beijinhos na boca -- dedicada pelo autor ao Mateus, à Irene e ao Jackie Chan:
" O Mateus gostava de ir à nossa casa -- fim da tarde -- porque a Irene muitas vezes estava lá à espera dele. Ouvi muitas vezes outras pessoas dizerem que a minha mãe era boa pessoa e a Irene também dizia "a tua mãe é um amor", isso porque a minha mãe deixava a Irene ficar na sala do meio com as portas fechadas a dar beijinhos na boca do Mateus.
Eu não conseguia entender aquilo muito bem mas parece que o pai da Irene não gostava que ela desse beijinhos na boca do Mateus. Ouvi dizer que o pai dela não gostava de negros mas eu até via muitos negros lá na casa dele a beberem e comerem com ele e todos a rirem muitos. Não sei. Se calhar um rapaz negro a dar beijinhos na boca da Irene já era uma coisa diferente.
Quando o Mateus chegou eu já tinha vestido as bermudas azuis e uma camisa branca entalada. O cinto também. A minha mãe tinha me obrigado a tomar banho,cortar as unhas e esfregar bem os pés mas ela era muito simpática, não me obrigava a pentear o cabelo e tinha-se esquecido das orelhas. O Mateus entrou, mexeu-me no cabelo como eu não gostava que fizessem e depois cumprimentou o meu pai.
-- Queres ir ali pra sala do meio, Mateus? -- todo mundo riu, ele ficou bem atrapalhado. A Irene demorou a chegar mas depois apareceu. Ela estava bem bonita com um vestido branco daqueles que o vento gosta de levantar nos filmes."
--- Bem, se quiserem saber o resto da estória...hummm, acho que terão de comprar o livro!
Eu por mim: vou acabar de lê-lo!
Inté pessoal -- já tenho o dia feito -- vou continuarcom a leitura!
Bom fim-de-semana a todos!
4 comentários:
Nota prévia: Conheço mal as obras de Ondjaki.
Estava a ler este pequeno texto e por intuição lembrei-me desse filme-documentário "Oxalá cresçam pitangas" que vi recentemente.
Pelo seu conteúdo ( essa dica espelha o tema) e como gosto da linguagem dos kandangues é um livro a comprar.
Bom fim de semana
Ari
Ari, por acaso também me referi ao Oxalá Cresçam Pitangas -- tanto na Sanzala como no Mazungue -- fui à "estreia"! Lá estavam todos: a Inês Gonçalves, o Kiluanje e claro, Ondjaki!A sala estava replecta: Ondjaki teve de pedir desculpas a quem ficou à porta...foi encantadora a experiência: ver a "nossa" Luanda e os "eskemas da banda"...riu-se de mais é verdade mas, acho que foi devido a toda a envolvência -- é que a sala estava cheia de "malta" da banda!!!!
Se não conheces a obra dele, aconselho-te: "Quantas Madrugadas Tem a Noite" -- começa por esse e, vais ver como não te arrependes!
Mais uma vez:
Obrigada pela visita!
Que vontade de ler o livro novo (Os da minha rua)! No Brasil, só encontramos o Bom dia camaradas. Os outros,comprei pelo site da livraria cultura, mas este livro mais recente ainda não está disponível. O que fazer??? :(
Até mais,
Luciana.
Oi, Luciana! Que bom ver gente nova por aqui e, que alegria contatar que os "nossos" escritores são lidos aí! Aconselho vivamente também -- do mesmo autor -- "Quantas Madrugadas Tem a Noite"! Este novo livro é uma recolha de Estórias de kandengues que se encontram espalhadas por todos os seus livros.
Pois eu não sei como fazer, Luciana mas,acho que pedindo directamente à Editorial Caminho...mas se tiver outra ideia e eu possa ajudar: estou disposta!
Um beijo para si e obrigada por visitar este cantinho!
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