Estas também foram desse tempo: viagem de fim de curso a Nova Lisboa -- Angola /1974.
domingo, abril 29, 2007
Ontem...as recordações chegaram por email!
Estas também foram desse tempo: viagem de fim de curso a Nova Lisboa -- Angola /1974.
sábado, abril 28, 2007
sexta-feira, abril 27, 2007
quinta-feira, abril 26, 2007
Grades...
Por baixo ficava o Stand do Artur Fernandes. No prédio só vivia eu, os donos, e uma senhora de idade, viúva, que vivia com o filho.
Rconheci sem dificuldade o prédio. Uma foto anterior a esta, viam-se ainda grades nas janelas -- coisa que nunca houve: coisas de guerra!
quarta-feira, abril 25, 2007
A Minha Rua...
Onde estavas tu no 25 d'Abril...?
A frase ficou e todos os anos se repete!
Pois bem, é a minha vez de responder: agora que tenho este cantinho.
-- Eu?, eu estava aqui -- muito descansada da vida, na tranquilidade dos meus 18 aninhos -- sem saber o que era uma Revolução! Dormia tranquilamente quando, a minha companheira de quarto gritou: " ...acordaaaa!!! Houve uma Revolução lá no Puto !"
-- Deixa-me dormir! Quero lá saber disso -- foi a resposta.
* O: "aqui" era -- Angola / Moçâmedes -- os melhores momentos da minha vida!
terça-feira, abril 24, 2007
Abril
Abril
Havia uma lua de prata e sangue em cada mão.
Era Abril .
Havia um vento
que empurrava o nosso olhar
e um momento de água clara a escorrer
pelo rosto das mães cansadas.
Era Abril que descia aos tropeções pelas ladeiras da cidade.
Abril tingindo de perfume os hospitais
e colando um verso branco em cada farda.
Era Abril o mês imprescindível que trazia
um sonho de bagos de romã
e o ar
a saber a framboesas.
Abril um mês de flores concretas
colocadas na espoleta do desejo
flores pesadas de seiva e cânticos azuis
um mês de flores
um mês.
Havia barcos a voltar
de parte nenhuma
em Abril e homens que escavavam a terra
em busca da vertical.
Ardiam as palavras
Nesse mês
e foram vistos
dicionários a voar
e mulheres que se despiam abraçandoa pele das oliveiras.
Era Abril que veio e que partiu.
Abril a deixar sementes prateadas
germinando longamente
no olhar dos meninos por haver.
José Fanha
quarta-feira, abril 18, 2007
Se a minha mãe acha...
***
A " Crónica" começava assim:
“Da janela vejo os aviões a chegarem e a partirem.”(...) Não tenho seja o que for contra o meu marido, não tenho seja o que for contra ninguém. No caso de perguntarem-- Gostas dele?Respondo que gosto sem saber ao certo o que é gostar de ti, o que significa. Devo gostar visto que não me interessam outros homens, não me interessa nenhum homem, habituei-me aos silêncios, não me importo que estejas aí, quero dizer no sofá da sala( pensas em que coisas, tu?)caladinho sem aborreceres ninguém, a olhar a parede. Olhas a parede e eu olho os aviões. A minha mãe acha que somos felizes e como sempre teve razão se calhar somos felizes. O apartamento está pago. O jipe está pago( o outro carro está pago há séculos)o dinheiro chega, se me apetecer mudar as cortinas posso, de vez em quando jantamos com os amigos, de vez em quando um concerto. Será ideia minha ou adormeces nos concertos? Será ideia minha ou sou eu quem passa pelas brasas nos concertos?Somos felizes acha a minha mãe.
Será ideia minha ou a felicidade é uma maçada? Deve ser ideia minha: há aviões que partem ...”
E é por isto -- o saber dar voz à nossa alma -- que continuo amando o que o A.L.A. escreve!
sexta-feira, abril 13, 2007
Mousse de Maracujá
bem docinha e...as filhas reclamam sempre por uma sobremesa gostosa.
Cá vai mais uma receita da tia Loengo:
Mousse de Maracujá com Natas
Ingredientes:
1 litro de natas
4 folhas de gelatina incolor
2,5 dl de leite condensado
2,5 de polpa de maracujá
1 ou 2 maracujás para a decoração
Ponha a gelatina de molho em água fria cerca de 5 minutos.
Escorra a gelatina e dissolva num pouco de água quente.
Ponha as Natas e os restantes ingredientes numa tigela e bata com a batedeira para obter uma textura espessa.Deite a mousse numa taça ou em taças individuais e, leve ao frigorífico cerca de 4 a 5 horas.
Antes de servir, corte um ou 2 maracujás ao meio e espalhe a fruta por cima da mousse.
BOM APETITE!!!!
terça-feira, abril 10, 2007
Dança da Solidão
segunda-feira, abril 09, 2007
O Evangelho Segundo...
Hoje trago uma página do "Evangelho Segundo a Serpente" da Faíza Hayat.
Mais própriamente, a pág. 7 -- onde o assunto é bem premente: ora vejam!
domingo, abril 08, 2007
Pouco a pouco...
Pouco a pouco...vou tirando do baú os meus desabafos.
Podia deixá-los lá, quietinhos mas, o local está quase a ficar inacessível -- tenho receio de acordar um dia e não conseguir entrar para retirar algo que tenha escrito com carinho em momentos de igual sentimento.
Por isso, resolvi ir trazendo para cá -- um por um -- esses momentos.
Do outro lado do rio trouxe hoje uma música -- mais uma! -- na voz de JOÃO AFONSO:
Eu não sei que faz o sol
que não dá na minha rua
hei-de me vestir de branco
que de branco anda a lua
Não vi ribeira sem água
nem praça sem pelourinho
nem donzelas sem amores
nem padres sem beber vinho
Lindos olhos de pau preto
nariz de pena aparada
dentes de letra miúda
boca de carta cerrada
Lindos olhos tem a cobra
quando olha de repente
mais vale um bom desengano
que andar enganado sempre
sábado, abril 07, 2007
As "estórias" dos kandengues....
(clicar na foto)
Ya!, já estou de volta! Se tivesse sido uma moambada, levaria mais tempo a degustar mas assim, como foram umas simples ervilhas com ovos: estou de volta!
Ora bem, o "nosso livro" começa com os agradecimentos do escritor aos de "sua casa":
"para a tia rosa, para o tio chico, para o avô aníbal. para a avó júlia. para os camaradas professores ángel e maría. para o avô mbinha. para a avó agnette.
para a ray."
Talvez porque sou mulher...perdi-me logo na terceira "estória": Jerri Quan e os beijinhos na boca -- dedicada pelo autor ao Mateus, à Irene e ao Jackie Chan:
" O Mateus gostava de ir à nossa casa -- fim da tarde -- porque a Irene muitas vezes estava lá à espera dele. Ouvi muitas vezes outras pessoas dizerem que a minha mãe era boa pessoa e a Irene também dizia "a tua mãe é um amor", isso porque a minha mãe deixava a Irene ficar na sala do meio com as portas fechadas a dar beijinhos na boca do Mateus.
Eu não conseguia entender aquilo muito bem mas parece que o pai da Irene não gostava que ela desse beijinhos na boca do Mateus. Ouvi dizer que o pai dela não gostava de negros mas eu até via muitos negros lá na casa dele a beberem e comerem com ele e todos a rirem muitos. Não sei. Se calhar um rapaz negro a dar beijinhos na boca da Irene já era uma coisa diferente.
Quando o Mateus chegou eu já tinha vestido as bermudas azuis e uma camisa branca entalada. O cinto também. A minha mãe tinha me obrigado a tomar banho,cortar as unhas e esfregar bem os pés mas ela era muito simpática, não me obrigava a pentear o cabelo e tinha-se esquecido das orelhas. O Mateus entrou, mexeu-me no cabelo como eu não gostava que fizessem e depois cumprimentou o meu pai.
-- Queres ir ali pra sala do meio, Mateus? -- todo mundo riu, ele ficou bem atrapalhado. A Irene demorou a chegar mas depois apareceu. Ela estava bem bonita com um vestido branco daqueles que o vento gosta de levantar nos filmes."
--- Bem, se quiserem saber o resto da estória...hummm, acho que terão de comprar o livro!
Eu por mim: vou acabar de lê-lo!
Inté pessoal -- já tenho o dia feito -- vou continuarcom a leitura!
Bom fim-de-semana a todos!
Ainda...Os da minha rua!
sexta-feira, abril 06, 2007
"Os da minha rua"
Já está aí!
"Os da minha rua" -- novo livro do escritor angolano: Ondjaki!
São as "estórias" dos kandengues: do Jika, do Tibas, do Mateus...e de muitos outros jovens, iguais a tantos outros da "nossa" rua : do nosso bairro!
Novamente pela mão da "Caminho", podemos deliciar-nos, estou certa -- com as "estigas" dos kandengues!
Não vejo a hora de o poder ter nas mãos pois, ainda me lembro de algumas peripécias do Jika:
O voo do Jika
O Jika era o mais novo da minha rua. Assim: o Tibas era o mais velho, depois havia o Bruno Ferraz, eu e o Jika. Nós até às vezes lhe protegíamos doutros mais-velhos que vinham fazer confusão na nossa rua. Hoje pensar no Jika é lembrar-me dele com muita ternura. Por várias coisas.
O almoço na minha casa era perto do meio-dia. Às vezes quase à uma. Ao meio-dia e quinze, o Jika tocava à campainha.
- O Ndalu está? - perguntava à minha irmã ou ao camarada António. - Sim, está. - Chama só, faz favor.
Eu interrompia o que estivesse a fazer, descia.
- Mô Jika, comé? - Ndalu, vinha te perguntar uma coisa. - Diz. - Hoje num queres me convidar pra almoçar na tua casa? - Deixinda ir perguntar à minha mãe. (...)
Quem não conhece ainda as "estigas" dos kandengues...têm agora a oportunidade de apreciar através da escrita deste escritor magnífico que é Ondjaki!
Está aí já, ao alcance de todos nós: OS DA MINHA RUA!
quinta-feira, abril 05, 2007
Nenhum árbito manda parar a vida para me atender...
Futebol, futebol, futebol...não há noite nenhuma em que não se dispute um "joguinho" na TV...
quarta-feira, abril 04, 2007
Viajando p'los Jardins Secretos descubro...
Solidão...
terça-feira, abril 03, 2007
O andar do meu amor paga direitos de autor...
Meteram-se com a aldeia errada!
Mui bien, Galvão Teles! É que, só faltava mesmo o Dot.com e: Jesus ter um site na Internet!
Salvemonossosite.clix!