Se tivesse de começar com um pensamento, hoje seria este: " O mundo seria um lugar melhor se as pessoas se perdessem na despensa dos seus sonhos...pelo menos, de vez em quando."


Isto, é o que nos diz hoje o Eduardo Sá, na sua crónica da DN Magazine.
Diz ele que " Se as pessoas dão a entender que vivem sem sonhos, é porque talvez haja um lugar, dentro de nós, onde eles se guardam, sem que se dê por isso."
O Eduardo confessa não saber onde fica mas, apesar disso, imagina ser uma longa despensa, "mais ou menos esconsa e fresca, de luz acolhedora, mas sem o bulício de uma praça de gente atarefada, onde se atropela quem esbraceja, e quem, do alto de uma janela, espreita sereno, a vida lá em baixo."


Está convicto também -- e eu! -- de que, " em todas as pessoas, há uma despensa de sonhos!"


Aconselho sempre a lerem as crónicas do E. Sá., fazem-nos pensar e ajudam-nos a ver o mundo com outros olhos e...a nós mesmos!



Na crónica de hoje, consegui chegar bem ao fundo da minha despensa de sonhos, quando ele diz: " ...Sempre que não podemos dizer, com simplcidade, "abraça-me e não me perguntes porquê", há uma parte de nós que se esgueira para a despensa dos sonhos. E por lá fica, num "já não sei se sei sentir".
E isto não é fácil explicar a alguém pois, nem nós o sabemos entender. E é aí que a tristeza chega e continuamos sem entender o porquê!


Diz o Eduardo que, "não é tanto pela dor com que magoa, mas pela vida de que nos separa -- deixando que a rotina se desmazele nos sonhos e vá convencendo a vida a deixar de trocar mimos connosco".

Leio-o sempre com atenção, pois saio sempre a ganhar na aprendizagem.


É que, não é qualquer um que, nos faz admitir ter uma despensa de sonhos e que a frequentamos, que lhe abrimos a janela e limpamos prateleiras! Hoje, limpei umas tantas mas, deixei lá num cantinho esta frase que tanto me disse: " Quem não compreende um olhar nunca entenderá uma longa explicação. (...) Será por isso que, escasseiam as pessoas junto de quem os sonhos se possam confessar..."


Esta prateleira ficará para outro dia!


Gostava só de encerrar a página conforme o Eduardo também encerrou a sua crónica -- pois é a parte que me faz sentir que afinal...sei arejar a despensa dos meus sonhos -- dizendo como é importante "existir alguém que, abraçando-nos sem perguntar porquê, descobre e solta os sonhos que guardados na despensa"!