sábado, dezembro 22, 2007
Até depois...
Agora que me encontro em férias, seria uma boa altura para pôr a conversa em dia mas...acho que o pessoal não está para cavaqueiras! Anda tudo numa roda-viva, embrenhados e enrolados com o papel das prendas: eixxxx épocazinha danada p'ra consumir o que vai fazer falta nos meses seguintes!
Então, até breve: só me resta esperar que tudo acalme.
Depois, se necessitarem de um ombro amigo para chorarem o dinheiro que voou sem que lhe conseguissem deitar a mão a tempo...
sexta-feira, dezembro 14, 2007
Numa de...
terça-feira, dezembro 04, 2007
Poema do Fecho-Éclair
Filipe II tinha um colar de oiro,
tinha um colar de oiro com pedras rubis.
Cingia a cintura com cinto de oiro,
com fivela de oiro,
olho de perdiz.
Comia num prato
de prata lavrada
girafa trufada,
rissóis de serpente.
O copo era um gomo
que em flor desabrocha,
de cristal de rocha
do mais transparente.
Andava nas salas
forradas de Arrás,
com panos por cima,
pela frente e por trás.
Tapetes flamengos,
combates de galos,
alões e podengos,
falcões e cavalos.
Dormia na cama
de prata maciça
com dossel de lhama
de franja roliça.
Na mesa do canto
vermelho damasco,
e a tíbia de um santo
guardada num frasco.
Foi dono da Terra,
foi senhor do Mundo,
nada lhe faltava,
Filipe Segundo.
pedras nunca vistas,
safiras, topázios,
rubis, ametistas.
Tinha tudo, tudo,
sem peso nem conta,
bragas de veludo,
peliças de lontra.
Um homem tão grande
tem tudo o que quer.
O que ele não tinha
era um fecho-éclair.