"Acendemos paixões no rastilho do próprio coração. O que amamos é sempre chuva, entre o voo da nuvem e a paixão do charco. Afinal, somos caçadores que
a si mesmo se azagaiam. No arremesso certeiro vai sempre um pouco de quem
dispara." -- Mia Couto --
Há sempre um destinatário, mesmo quando os sentimentos não nos saem por palavras e se convertem em escrita. Nunca falamos para nós próprios, ainda que afirmemos o contrário -- há sempre um destinatário!
Mas será que nos entende? Será que entende o nosso código? Ou simplesmente
passa ao lado, achando que nada daquilo lhe diz respeito?
Acreditemos que, pelo menos: o nosso destinatário, nem que seja na última página, decifre o nosso código!
Então, talvez tudo aconteça: até o desencontro !
No "Correio de Lagos" de Outubro de 2024
Há 2 dias
3 comentários:
Não sei como descobriu o meu blog, mas ainda bem e, ainda bem que gostou do poem.
É, um blog dá uma trabalheira, mas vale a pena.
Quanto ao seu...um encanto.
Virei cá mais vezes.
Pois, foi andando por aqui! E realmente o seu é diferente: tem poemas próprios -- o que lhe dá mais valor. Obrigada também p'las suas palavras.
Voltei de novo aqui para beber mais um cha ...
agora vou voltar sempre, a procura de algo positivo, de inspiracao para o meu dia a dia ...
Obrigada.
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